sexta-feira, 3 de setembro de 2010

JORNALISTA DE ZERO HORA NA FEIRA DO LIVRO

Tapera

davidcoimbra     O jornalista e escritor David Coimbra, que esteve em Tapera por ocasião da abertura solene da Semana da Cultura e da Feira do Livro, não fugiu á regra. Jornalista bom de texto fala pouco, mas mesmo assim deixou o seu recado a uma seleta platéia que, em que pese o mau tempo, foi até o Tenarião em bom número, para ouvi-lo falar sobre o quanto é importante a leitura na vida das pessoas, em palestra que teve como tema “A Arte da Comunicação”.

Demonstrando certa timidez, David Coimbra se apresentou como um jornalista multimídia: trabalha na Zero Hora, tem um Blog, atua na TV COM e Rádio Atlântida, além de já ter escrito 14 livros, estando por lançar a sua quinta obra literária.

De cara elogiou Tapera por auto denominar-se Cidade Cultura, “pois o que ocorre normalmente são as cidades auto denominarem-se capital disso ou daquilo”, comemorou. A partir daí passou a narrar fatos e experiências de sua trajetória como jornalista pelo mundo, dando seu testemunho de que leitura e cultura são fundamentais na vida das pessoas.

Citou a história de um criminoso, o Monstro do Partenon, que não sabia ler nem escrever, e que, quando na prisão, com a ajuda de uma Assistente Social, acabou escrevendo o Diário de um Diabo que ele, David, ajudou a formatar. Conta que depois que sabia ler, leu Sidnei Sheldon, se apaixonou tanto que virou escritor e assim acabou e transformando noutra pessoa. “Eu que conhecia a sua história, conversei com ele depois, e vi que era outra pessoa, que nada tinha a ver com o criminoso de então” testemunhou.

Depois contou algumas passagens de sua participação na Copa do Mundo da Coréia e do Japão em 2002, quando pode constatar pessoalmente a evolução dos japoneses que é o povo que mais lê no mundo, razão pela qual, segundo ele, é o país mais avançado do planeta. Tudo em razão da leitura e da cultura.

Citou também o caso de Emerson, jogador da Seleção Brasileira. “Ele era tímido, gago e tinha a língua presa” descreve, contando que o encontrou nesta mesma Copa de 2002, totalmente diferente, falando várias línguas e transformado no líder do grupo perante a comissão técnica. Vendo aquela transformação não resistiu e perguntou ao Emerson o que tinha acontecido com ele. Ao que Emerson respondeu que o culpado disso é o Felipão que sempre exigiu estudo e leitura de seus jogadores. Contou que chegou para sua professora e perguntou o que poderia fazer para superar as dificuldades que tinha, ao que ela respondeu: “leia, leia bastante” aconselhou.

Dito isso tornou a elogiar Tapera por auto denominar-se Cidade Cultura, “pois são essas coisas que podem mudar o destino das pessoas e do município. A leitura é importante e fundamental porque é através da palavra que as pessoas têm a oportunidade de pensar. As coisas só existem quando a gente fala nelas e isso tudo é proporcionado pelo poder da leitura”, aproveitando para citar o princípio da psicanálise que baseia a cura através da palavra. “Se temos a palavra nós tem um instrumento para compreender a realidade e para nos compreender também” sintetizou o jornalista.

Fonte: site do municipio

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